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Coluna de Marcos Roberto: fé e exploração
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Publicado em 14/09/2020

Atualmente o Brasil é composto por uma gigantesca fração que professa a fé calcada em Cristo, são 30% de evangélicos e 50% de católicos. Tais números evidenciam que todo esse montante interfere nos rumos dessa nação, uma demonstração disso fora o último sufrágio, quando o presidente que aí esta, suplantara aos seus adversários, buscando amparar-se em uma pauta moral, que dialoga abertamente com os preceitos que norteiam as duas vertentes. Claro, quem demonstrou uma fidelização maior foram os evangélicos, que mesmo com tantos indícios inversos do que é apregoado nos evangelhos, optaram pelo Messias que em nenhuma característica, transparece similaridade com aquele que fora pregado em um madeiro. Diversos dos que depositaram a vossa confiança em tal figura, assim o fizeram a partir de ingerências de lideranças, que observaram nesse líder messiânica, a oportunidade de equalizarem pendências com a União. 

 

E não poderiam ser diferente, algumas dessas instituições transformaram-se em empresas corporativas a serviço da fé, ao longo de décadas a suas lideranças enriqueceram-se por intermédio de uma desbragada exploração, prometendo independência financeira, curas mirabolantes e fenômenos divinais. Universal, Graça, Mundial e Plenitude personificam esse horrendo espetáculo de demonstração de uma crença inócua. Simultaneamente individam-se aos borbotões, em nome da igreja adquirem jatinhos, imóveis residenciais, emissoras de radio e televisão, objetando a construção de impérios, e de mecanismos de persuasão. O presidente na manha deste dia, em seu gabinete estava com um estrondoso problema, dar anuência ou não a essas corporações, preferiu vetar o projeto que possibilita que igrejas não arquem com 1,5 bilhões de reais devidos ao governo, Bolsonaro não acedeu com esse pedido, justificando de que poderia ser apenado com um processo de deposição, mas recomendou ao congresso nacional, que derrubassem ao impedimento, uma vez que a casa pode utilizar-se dessa prerrogativa. 

 

É inegável que não são todas as ecléssias que usufruem do expediente da usurpação dos parcos dividendos dos fiéis, mas as que pleiteiam a essa beneficio de maneira virulenta, são as que instam aos seus seguidores a observar apenas aos seus interesses, tornando-os egoístas, e nenhum pouco generosos com os que necessitam. Se podemos aguardar um gesto condizente com a palavra de Deus é esse, que os parlamentares pudessem denegar acesso a uma anistia indigesta, e fizessem as lideres religiosos mesquinhos cumprirem ao que esta nas escrituras, daí a César o que é de César, e daí a Deus o que é de Deus.  

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