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Coluna de Marcos Roberto: Tomando as rédeas
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Publicado em 31/08/2020

Hoje o Brasil está acompanhando a uma megaoperação, envolvendo policiais federais, militares e civis, na caçada de integrantes da facção criminosa mais importante do país, o PCC (Primeiro Comando da Capital). Tal organização que tivera a sua fundação oficial há exatos 27 anos, completados hoje, transformou-se com o perpassar dos anos, em um terror para o estado, uma vez que é irrefutável o seu controle dentro das penitenciárias paulistas, quantos de vós não hão de recordar-se de que em 2006, chegou-se a uma situação em que o governador do estado à época, Geraldo Alckmim, negociara com o principal líder dessa súcia, o Marcola, para que ele emitisse um pedido aos integrantes, para quer cessasse as ameaças de atentados. É claro, que o poder estatal atendeu as reivindicações do criminoso, e com isso contemporizou-se as rusgas. 

 

Nesta segunda-feira, mais de 600 mandados de prisão e apreensão foram expedidos, atingindo a 19 estados da federação, algo que denota o poderio da instituição criminal, que transpôs as delimitações do estado de São Paulo, e capilarizou-se, tanto que o Paraná fora a localidade, com o maior número de pedidos de encarceramento, sendo 101. Um dado que deixa perplexo a qualquer cidadão, são as somas avultantes movimentados pelo grupo. A justiça mineira solicitou que fossem bloqueados R$ 252 milhões de reais, e mais R$ 6 milhões foram cooptados em espécie, quem de nós, teria tais valores à disposição. A investigação em curso trouxe-nos uma informação interessante, a respeito de uma mesada, que era despendida a indivíduos que prestaram “bons serviços” a essa abrangente comunidade. A partir de uma tabela especificada pela cúpula diretiva, 220 pessoas que já estão a cumprir com suas penas, recebiam um ordenado, conforme a atividade que exercera, a mais vantajosa, segunda o prisma do comando, era o assassinato de servidores públicos, principalmente juízes. 

 

 A percepção que podemos obter é de que o Estado, no decurso dessas mais de duas décadas, fora leniente desde a formação, até ao seu robustecimento, permitindo e acedendo com as praticas perpetradas pelo PCC. Em muitas oportunidades explicitasse a simbiose entre instancias superiores e a facção, por mais que as suas principais lideranças estejam presas, as suas vozes prosseguem audíveis aos ouvidos de seus liderados, e, portanto mantêm-se ativos e hábeis na construção de uma simultânea. Que a operação deflagrada hoje, inspire uma combatividade por parte do governo, para que a sensação não seja de um aparato policial e judicial condescendente, e sim que tenha as rédeas em vossas mãos  

   

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