O Brasil assiste nesses dias recentes, demonstração de que discursos moralistas quase em sua maioria, não sustentam-se no decurso de dias e semanas. A última eleição presenteou o país daquilo que tínhamos de mais hipócrita, muitos dos partidos e seus quadros, apropriaram-se de uma discursiva convincente de que o principal problema brasileiro era a corrupção, um anseio que era partilhado adjuntamento com a população, uma vez que a imprensa auxiliou no fomento dessa necessidade, de extirparmos a esse mal. E hoje acompanhamos o suplicio desses indivíduos que um dia colocaram-se como arautos de uma nação depurada. Os dois maiores exemplos são Jair Bolsonaro e Wilson Witzel.
Ambos prometeram a seus eleitores, de que com eles no comando, não veríamos mais qualquer tipo de pratica ilícita, de que a suas administrações prezariam por aquilo de mais ilibado, de que os seus funcionários seriam pessoas comprometidas com a honestidade, com a sensatez, quase incorruptíveis. Bem, creio que hoje já podemos atestar de que tais palavras foram sem muitas resistências suplantadas pelas informações que surgem, e que não nos deixam duvidas, de que o presidente e o governador apreciam a obscuridade de seus cargos. O presidente fora mais célere, antes de assumir ao cargo, já sabíamos de que o seu clã, tinha um laranja para chamar de seu, que era o homem que assumia a todas as responsabilidades do seus patrões, até arcar com os dividendos da escola de um dos filhos de seu amado amigo, ele fora capaz. Já o mandatário fluminense, apenas deu continuidade aquilo, que outros que ocuparam o cargo fizeram que fora, utilizar a suas digníssimas esposas, para lavar dinheiro, com escritórios advocatícios de fachada. Algo vexaminoso e surpreendente, sendo o governante oriundo do universo judiciário e conhecedor das leis, poderia ter adotado outro tipo de ação, e que fosse condizente com os seus conhecimentos de tribunal. Mas tornasse mais um a ser execrado. E o que os dois têm em comum, são cidadãos de bem, que amam a Deus, e que tem em suas intenções, um estado mais rígido com os bandidos, e claro que tendo a suas exceções, que os inclui.
Nós os eleitores, estamos aprendendo periodicamente, a não depositar em sujeitos que tenha uma áurea de bom moço, cujas vestes aproximam-se de santificadas, e que pontificam todas as certezas irrefutáveis, confiança exacerbada. Devemos sim, escolher a partir, de uma aferição minuciosa de suas credenciais. Para que posteriormente, a sensação de enganação permeie os pensamentos. E que resta aos pobres mortais, e aguardar pela cobrança, pois como diria o próprio presidente, e conhecereis a verdade, e ela nos libertara.