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Coluna de Marcos Roberto: O que está acontecendo?
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Publicado em 20/07/2020

Em que era nós estamos? A da imbecilidade? Não vejo outra resposta que justifique, as efusivas cenas registradas ontem, quando um diminuto grupelho, aglutinou-se defronte o palácio da Alvorada, para celebrarem a mais uma aparição, de um sujeito, que no auge de sua insanidade, exalta a um medicamento, que a maioria da comunidade médica, o refuta peremptoriamente, não concedendo nenhum tipo de margem, que permita um debate crível, sobre os seus efeitos. Mas, em terras brasileiras, o seu principal garoto propaganda, tenciona manter irredutível, os seus seguidores, nem que para tal, tenha que convencê-los, de que ele é o especialista em coronavírus. 

 

É surpreendente, como uma parcela dos cidadãos, reputam a ele, uma credibilidade deturpada. O presidente não é médico, mas muitos, o enxergam como se fosse, ao dialogar com muitos desses, e separar-se com um esmaecido argumento, de que se o Bolsonaro está recomendando, porque não ingerir as pílulas, mostra que o seu nível de influência, é um tanto nocivo, e somente representa a sua malignidade, o seu anseio destruidor, porque como ele mesmo proferira, o que ele sabe fazer, é matar. E assim, o estado em sua figura, faz exemplarmente, seja a partir da límpida negligência, ao não ter instituído um processo humanizado de gerir a crise, que lidar com ela com a seriedade esperada, de um governo probo, como também pelo recalcitrante posicionamento de infringir as regras de quarentena, como Jair fizera diversas vezes. 

 

Hoje já escutamos declarações, como "se tiver que morrer, que morram", não apenas do presidente, mas de seres que estão por aí, e que no decurso da pandemia, absorveram a essa narrativa, e em dias contemporâneos, crêem de que é um absurdo, ainda falar-se em quarentena. Realmente, a idiotia é endêmica, e já contaminara a muitos indivíduos. As fissuras desse período, demorarão a serem saturadas, pois teremos que transpor a este denso oceano de dissabores. Mas para salvarmos o Brasil, não somente de Jair Bolsonaro, mas fundamentalmente, desses amargos frutos, originários de uma burrice coletiva, esse é um preço que teremos que arcar.

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