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Coluna de Marcos Roberto: Será mesmo que essa é a vontade de Deus
14/07/2020 19:42 em Colunas

O estado é laico, pelo menos, é o que está especificado em nossa constituição, portanto não é de bom tom, termos essa simbiose descarada, que estamos assistindo no governo de Jair Bolsonaro, onde pastores ao sentirem-se empoderados, passam a realizar exigências, visando é claro, em primeira instância, benesses destinados ao âmbito particular, e somente posteriormente, talvez hão de pensar em seus fiéis e, em suas denominações, o que já é algo, condenável. E um dos fruto que estão a colher, é esse novo ministro da educação, Milton Ribeiro, que não se observa como tal, e sim, como um pastor, representante dos desejos de Deus. 

 

Uma vez que o seu nome, viera a conhecimento público, surgiram nas redes sociais, diversas filmagens de suas ministrações, onde o empossado, disserta a respeito de sua filosofia como um cristão. Ele endossa a rigidez na criação dos filhos, encorajando aos pais, se for de necessidade, agredir aos pequenos, como uma maneira arcaica, de atemorizá-los, almejando com isso, não apenas demarcar a pele, mas também ao psicológico das crianças. Em outra pregação, uma de suas preocupações, são a quantidade de relações sexuais, que nós mortais, praticamos, principalmente se ela, estiver atrelada ao antro do conhecimento, que são as universidades. Ora meus caros, porque tamanha ficção por saber, quantas vezes alguém realiza o ato sexual. Uma fração dos pastores, reconhecem-se como autênticos proprietários de currais, e portanto, tencionam manter indiscriminadamente,  um cerceamento sobre pensamentos e atitudes de seu rebanho. Apregoam tanto a liberdade a partir da figura de Cristo, mas anseiam mesmo, é pelo encarceramento, nutrido pelo ignorância.

 

Se alguém de vós, porventura, alimentava a esperança de uma melhora em nossa educação, talvez não seja o momento, o que constatamos, é de que, cada vez mais, os fanáticos religiosos, ocupam espaços fulcrais, e por intermédio disso, buscam transformar o país, não em uma nação dependente de Deus, mas sim, em um fecundo terreno, por onde, os seus discursos odiosas e eivados de preconceito, encontram mentes disponíveis para absorvê-las. Cabe a nós, homens de pequena fé, não permitir que isso ocorra. 

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