"Morra quem morrer" essa frase, fora proferida pelo prefeito da cidade de Itabuna, no interior do estado da Bahia, e que representa um aspecto do debate público, que deve ser realizado pela sociedade brasileira, principalmente neste momento, onde estamos vivenciando um período nevrálgico da pandemia. O que realmente importa? Essa foi uma indagação, que escutamos durante todo o decorrer dos últimos meses, quando tivemos que acompanhar esse embate entre o valor de uma vida, e a fragilidade de uma mercado, que mostrou-se totalmente desarticulado. O prefeito de Itabuna, trouxe-nos um novo prisma, demonstrando, que a tal questão, já não tem mais a validade de outrora, pois ele optou por aquilo que está palpável, abrirá o comércio e possibilitará, que a economia de seu município volte a trilhar um caminho, que a leve a uma estabilidade, que poderíamos classificá-la de um devaneio. Mas e as vidas? Essa é uma questão a ser sanada, pois um prefeito de uma cidade, lida o tempo todo, com a precariedade do sistema público de saúde, que em nosso território nacional, é universalizado, e quando você, como um sujeito que tem um poder em suas mãos, tem por obrigação, utilizar-se do bom senso, porquanto uma canetada sua, é capaz de colocar toda uma cidade em estado crítico, mas entre vidas e números, o prefeito de Itabuna, optou pelos números. Não nos esqueçamos de que este ano ocorrem um novo sufrágio universal, onde a população terá que escolher vereadores e prefeitos, e a claro, o mercado, este ente tão misterioso que representa o capital, está envolvido nesse tipo de disputa, e para um postulante a um cargo público se faz necessário, tentar agradar a todas as partes envolvidas nesse processo, não somente aos munícipes, mas também aqueles que por um espírito empreendedor, decidiram deliberadamente abrir um comércio e contribuir para amealhar fundos, que serão destinados aos cofres municipais. A doença fora exitosa em seu percurso, em nenhum momento, permitira que tivéssemos um comportamento displicente, mas desde o representante maior, até a alguns governadores e prefeitos, o que imperou foi a incoerência, Agora a guerra é outra, estamos em uma trincheira, que a cada vida salva, é um genuíno motivo para comemorarmos. Mas, enquanto existirem prefeitos, como o de Itabuna, teremos que, trabalhar em dobro, para que a danificação de nosso país, não seja assustadora.