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Coluna de Marcos Roberto: Somente os livros para alumiar a esse caminho
Colunas
Publicado em 11/06/2020

Tudo que fazemos é uma questão política, desde um comportamento que temos em nosso dia a dia, como degustar uma xícara de café, como as roupas que vestimos, que denotam mensagens que tencionamos emitir aos outros, até a um livro, que porventura esteja a dissertar a respeito da principal autoridade do país, como corajosamente fizera Henry Bugalho, um dos mais proeminentes youtubers progressista de nossa atualidade, imbuindo-se dessa tarefa, compusera a eloquente obra "Minha especialidade é matar", remetendo a uma frase proferida pelo presidente da república, que estava em uma coletiva a correligionários, dissertando sobre as inúmeras qualidades de sua pessoa. O livro é um compêndio de textos que o autor transcrevera para a revista Carta Capital, trazendo ao público sua ótica a respeito desse período de mais de 1 ano e meio de legislatura bolsonarista. Ao ser lançado oficialmente na segunda-feira, fora um sinal para que uma grande trincheira fosse construída, onde genuínos exércitos perfilaram-se, tanto de apoiadores de Jair, quanto pelos que têm uma ojeriza ao ser. Com isso a Amazon, vira a página da descrição do objetivo de exposição, receber uma chusma de críticas por parte daqueles que sentiram-se ultrajados pelo título, como se ainda restasse espaço para surpresas quando dirigimo-nos a figura de Bolsonaro e ao seu histórico, de um parlamentar que estampou na porta de entrada de seu gabinete, a epígrafe "quem gosta de osso, é cachorro", aludindo aos familiares de desaparecidos pela ditadura, e a sua intensa busca pelos restos mortais, não causa espécie vê-lo declarar tamanha aberração, como ele fizera. Coube aos progressistas, a defesa não dá obra em si, pois muitos não a leram ainda, mas ao direito de expressarmos as nossas ideais em relação a tudo que está atrelado esse governo, e confrontar a essa odienta onda de ignorância que permeia a nossa sociedade brasileira, que padece clamorosamente nas mãos de incautos e inconsequentes amantes da morte. Os livros são poderosos e destrutivos em seus efeitos, são os maiores agentes de transformações, uma vez abertos por alguém, desvela defronte aos olhos mais atentos um ambiente límpido e fulgurante, que desperta a voracidade pelo conhecimento. No fundo, sabemos que o poder vigente em nossa nação, inexiste nele afeição pelo conhecimento, até porque é formado pelos néscios, uma constatação são os seus ministros, como a Damares, Paulo Guedes e Waintraub, pessoas, que constituiram uma repulsa por tudo aquilo que os lembre de suas incipientes cabeças, que são inócuas. Que essa obra composta por Henry Bugalho, possa ser mais um disparo contra esse fascismo à brasileira.

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