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Coluna de Marcos Roberto: O sonho de Aras
30/05/2020 09:23 em Colunas

Quantos não gostariam de viver na expectativa de serem agraciado por promessas, que

foram feitas anteriormente, em um passado pregresso, é uma sensação agradável, de

repente desfrutar daquilo que na mente passou-se semanas a espicaçar. Augusto Aras, o

procurador geral, vivência essa realidade, com os convites desbragados que o presidente

faz a sua pessoa, de um dia pertencer ao panteão dos onze ministros de nossa corte

suprema, uma ocupação infinda, devido aos que são escolhidos a preencher esse espaço

permanecerem como juízes até completar o aniversário de número 75, com um bom salário

e todos as benesses que lhe são oferecidas. Mas no caso específico de Aras, para que isso

tornasse uma realidade festiva, existem implicações, que aos olhos dos mais atentos, são

intragáveis. A missão, é simplesmente, servir de anteparo para a família Bolsonaro, sendo o

escoadouro das diversas denúncias que hão de avolumar-se, não permitindo que prossigam

a um estertor penalizante aos acusados. Como fora a sua intervenção na operação

deflagrada pelo ministro Alexandre de Moraes, onde, de maneira peditória, clama ao

tribunal, para que estagne-se as investigações sobre as Fake News, não fora atendido. Mas

continuará a demonstrar-se maleável aos clamores de Bolsonaro, que nesta sexta-feira, o

condecorou com uma medalha, solidificando com esse afago, a suas incautas intenções, de

utilizar-se de Augusto Aras, como o seu defensor pessoal, apto, a suplantar denúncias,

mesmo sendo elas, irrefutáveis. Em uma live, o presidente deixara nítido, que, ao ocorrer

um surgimento de uma vaga não planejada no Supremo, algo que poderia advir de um

desaparecimento repentino de um desses arautos constitucionais, podemos rememorar de

Teori Zavascki, que em um acidente com sua aeronave, possibilitou a vacância de um

assento, ele que estava como responsável na corte pelos processos despachados de

Curitiba, na ambiência da lava jato. Bolsonaro, caso continue como alto mandatário

brasileiro, terá a chance de posicionar dois ministros neófitos, mas ele prometeu a Aras,

uma terceira vaga, porquê? O que as milícias bolsonaristas estariam a planejar contra os

ministros? A única corrente que incrustada está na mente desses seres, é a da morte.

Temos como atribuição, acompanhar essa história, cujo o final feliz, está enevoado, a

espera de um facho de luz, para transpor essa espessa crosta de insolência.

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