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Coluna de Marcos Roberto: O sustentáculo brasileiro
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Publicado em 25/05/2020

A tão aguardada reunião ministerial desnudou para a nação, os pensamentos que estavam encobertos para todos nós, mas que são instaurados silenciosamente, por aqueles que têm essa prerrogativa, que são os ministros, e uma das falas mais estapafúrdias, fora proferida pelo nosso ministro da economia Paulo Guedes, senhor que em sua historicidade pública, consta serviços prestados a ditadura chilena de Augusto Pinochet, um dos mais sanguissedentos regimes autoritários, porventura, seja esse aspecto que o aproximou de Jair Bolsonaro, que tem tem uma afeição por mortes e supressão de liberdades. Guedes nesse evento vil, dissera de que não desperdiçaria dinheiro com as microempresas, que somente despenderia do erário público, que originasse dos impostos pagos pela população, com as grandes empresas, as multinacionais, transparecendo o quão ignorante é, a despeito da fundamental atuação dos microempresários brasileiros. Em um país que convive há um pouco mais de cinco anos com uma defasagem na geração de postos de trabalho, são as empresas, cujo o número de empregados, chegam em muitas delas, a no máximo dez, responsáveis em dois mil e dezenove por 731 mil empregos formais, sendo que são estabelecimentos que sobrevivem sem nenhum tipo de auxílio governamental, porquanto nunca existira uma linha de crédito especial a esse setor, nos bancos estatais, enquanto que, as grandes organizações, defendidas pelo ministro, demitiram mais de 88 mil pessoas no ano passado, dados estes de uma pesquisa realizada pelo Sebrae, entidade vinculada a essa ramificação. Paulo Guedes não busca denegar aos seus instintos de um grande privatizador, um sujeito que não consegue observar outras soluções a não ser destruir as micro e pequenas empresas, elevar o número de pessoas cuja a única alternativa é comercializar balas nos semáforos das grandes vias públicas, senão desfalecem de fome, e vender as empresas estatais, que geram lucros altíssimos a união, como o Banco do Brasil, que somente no primeiro trimestre desse ano rendera aos cofres públicos, um lucro acima dos 3 bilhões de reais, e fora considerado por Guedes, como um banco que é uma porcaria. Mas sendo ele defensor de uma política neoliberal, onde quem sobrevive são as instituições, que com mais recursos adequam-se a este mercado mais agressivo e destrutivo, e também aproveitasse dessas condições para adquirir empresas menores, que sem capacidade de resistências mediante a um modelo que prioriza aos mais robustos, não encontra outro caminho, senão o de desfechar com o seu projeto. Esperar outro modelo de gestão econômica de um governo de Jair Bolsonaro, talvez seja uma ingenuidade.

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