Balas, elas saem de um cano registrado e oficial, e todas elas têm um objetivo muito prosaico, atingir a um ser humano, para imobilizá-lo, mas em um pior cenário, mas quase sempre materializado, acarreta o passamento de um inocente. E corriqueiramente, esse cidadão, está desarmado, e não representa nenhuma perniciosidade para o sistema pelo menos aparentemente, e que construira como um norte, a sua sobrevivência, mas acaba sendo apenado com um desfecho funesto, tendo como um destino amargo, a sepultura precocemente. E quando interpelasse a quem desferiu o disparo letal, e coincidentemente, são os agentes de segurança pública, eles afirmam de que a morte foi acidental, que na verdade, eles tencionavam alcançar com esse fuzilamento, os criminosos, mas como são realizados a esmo os tiros, qualquer indivíduo transformasse em um alvo desvelado, e por isso, desfalece aqueles que interpôs-se entre aquilo que fora traçado pelo que está com o armamento em suas mãos, e o que havia sido definido como, o que porventura deveria ser cooptado e não foi. Agravasse, quando o já moribundo é negro, residente de uma comunidade carente, e tem de conviver com os mais espúrios e ojerizantes esteriótipos, de quem localizasse em uma região periférica envolvesse com a criminalidade. O ruim, é de que vivenciamos essa realidade há muito tempo no território nacional, mas que em tempos lúgubres, em que defender a vida, tornou-se ideal de esquerdista, a morte é supérflua, não se causa mais o impacto social. E no estado do Rio, onde isso é explícito, com uma política de exterminar os mais pobres, com incentivos governamentais, não podemos esquecer-se do que declarou Wilson Witzel, no encetamento de seu governo, de que deveria atirar na cabecinha, portanto, o que podemos aguardar de um uma corporação, cuja a lógica está calcada, na higienização do espaço, para deixá-lo mais límpido e apto, para que os enobrecidos cidadãos de áreas privilegiadas, e que jamais experimentarão tamanho dissabor, possam ter a sensação, de que no espaço público, está impingindo-se ares menos irrespiráveis. A morte de João Pedro e tantos outros, nunca serão acidentais, e sim, um elaborado plano, de dissipar, segundo o entendimento do estado, os que são, o problema.