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Coluna de Marcos Roberto: Está aí o que muitos queriam
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Publicado em 14/05/2020

Ah! Brasil, tu és um continente em suas extensões territoriais, como o hino decanta de forma ufanista, um gigante pela própria natureza, de uma população que habituou-se a enfrentar intempéries distintas, e que um dia esperançou construir uma nação, onde todos os extratos sociais fossem acolhidos com equidade, que tivéssemos a pujança que muito apregoou-se no passado, com dizeres que prometiam-nos, que seríamos o país do futuro, e sempre tivemos plenas condições para tal, além de termos uma população aguerrida, a nossa fauna e flora são inigualáveis, e simplesmente, fomos agraciados pelo criador com a Amazônia, floresta que por incrível que possa espantá-los, o desejo estatal, é dilacerara, transformando-a em um grande pasto, para que bois permaneçam engordando parcimoniosamente, e também para plantio de grãos, essa semana na câmara dos deputados, estivera rodando a pauta a ser votada, um projeto de lei que facilitaria a grilagem e apropriação ilegal de terras, fora adiada pelo posicionamento combativo da oposição, mas os esforços serão feitos para que se o aprove. Somos um país, onde os primeiros moradores desse chão, são perseguidos pelo governo federal, as terras indígenas, que são pela constituição, protegidas e garantidas as etnias indígenas, hoje são invadidas por vorazes ruralistas, que por não acederem com uma área de preservação cultural, assassinam as lideranças indígenas, e de maneira leviana, são propelidos pelo presidente a continuar nessa escalada mortal, de extirpação indolor, é só observarmos quantos nativos não estão desfalecendo, por não ter a assistência necessária, oriunda da Funai, instituição, que tivera a sua concepção deturpada. E o que a covid-19 atesta em sua ascendência criminosa, de que os estigmatizados, estão sendo sopeados pela doença, negros e pobres, configuram a lista daqueles que, sem nenhum tipo de rede protecional, vão tornando-se em óbitos, dioturnos, uma epidemia que principiara com a classe média e burgueses, hoje corrói as comunidades carentes, na capital paulista, a cada um classe mediano, quatro indivíduos considerados pobres vão as valas comuns, por não terem condições de custear um tratamento eficaz, e pela escassez de leitos na rede pública, demonstrando que no Brasil, os mais frágeis e fracos, nunca terão vez. É nessa nação, que temos como mandatário, um sujeito que vai defronte a sua residência e apoiado pelos mais deploráveis cidadãos, declara, que o mais importante é a economia, a abertura das grandes redes, e de que, apenas lamenta, as mais de 13 mil mortes. Brasil, você não merecia isso, mas esse enredo é assinado por muitos que o desejaram, esse foi o Brasil que muitos quiseram, e a conta dele, é muita alta.

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