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Coluna de Marcos Roberto: Números e mais números
11/05/2020 17:09 em Colunas

A vida nunca esteve em uma situação de desvantagem tão explícita, todos os dias, interagimos com mensagens e vídeos, de indivíduos, que posicionam-se contrários aos que defendem a preservação daquilo que temos de mais valoroso, o sopro de vida. São Paulo, o centro financeiro do país, é a ágora pública mais efervescente, em todos os finais de semana, os que denominam-se de patriotas, dirigem-se a avenida Paulista, onde está localizado o MASP, um sustentáculo cultural, e também a federação das indústrias do estado, representante do poderio do capital, e com suas delgadas palavras de ordem, exigem que o governador, João Dória, desmantele a quarentena, e faça com que a população, regressem aos seus postos de serviço. E o que impressiona, são as relativizações, que tais pessoas são capazes de fazer, colocando em uma balança fictícia, a vida e a economia, e sem nenhum tipo de receio, esses sujeitos, optam pelo vil metal. Alegam de que pessoas desfalecerão famélicas por não poderem exercitar o seu ofício, mas isso não decorre da pandêmia, outrora, já tínhamos em nosso país, um número avultante de desempregados, que através dos desencontros numéricos, atestou-se nesse momento, que são mais de 40 milhões de pessoas, que devido, ao nosso país, nesses últimos anos, não ter tido êxito em suas políticas econômicas, como a reforma trabalhista, no governo de Michel Temer, que prometera, quase que imediatamente, que geraria ofertas empregatícias capazes de absorver a demanda existente, e novamente, com a reforma previdenciária, que fora utilizada pelo governo atual, para embasar tamanhas atrocidades que foram preconizadas, afirmando-nos, de que ela seria uma fomentadora de investimentos e por isso, teríamos um avanço na criação de empregos, algo que também não ocorrerá. E agora em um momento epidêmico, trazem a baila estoicamente, esse embate, como se fosse o vírus, o grande agente sabotador dos planos de Paulo Guedes e Jair Bolsonaro. Fazendo com que essa massa, não tenha muitas esperanças futuras. Observamos movimentos distintos em nossa nação, autoridades como Flávio Dino, governante do estado do Maranhão, implantando o Lockdown, cerrando as portas de todos os comércios, por detectar uma elevação contínua dos casos de contaminados em seu estado, não tendo outra alternativa cabível, senão, delimitar a circulação da população, e por essa atitude, tivera o seu nome desancado pelo presidente, que no alto de sua ineficiência, dissera de que isso, era similar ao cenário venezuelano, como se isso fosse ultrajante, cometendo uma leviandade, ao inverso, na Venezuela, instaurou-se um estado de rigidez em ações concretas no combate a doença, e registrara somente dez mortes, mostrando-nos o que realmente é, trabalhar com seriedade. Existe um outro nicho em nossa população, onde estão inseridos muitos governantes, que deslocam-se para uma flexibilização, mesmo com o Brasil, adentrando gradativamente no período nevrálgico da covid-19, um dos exemplos, é o prefeito de Campinas, Jonas Donizette, que permitirá, que os comércios realizem operações drive-thru em seus estabelecimentos, sendo que a maioria, localizasse na região central do município, permitindo que pessoas afluam para a região, que concessionárias automotivas possam atender aos clientes, que os restaurantes e lanchonetes prestem o serviço de Delivery. Tudo isso, como ele mesmo reconhecera, resultará em um maior fluxo de transeuntes pelas principais vias da cidade, e facilitando a circulação do vírus, e mesmo que ele indique, que apenas, 27 pessoas vieram a óbito, sabemos que no Brasil, o que impera são a subnotificações, quando os pacientes contaminados, não realizam os testes necessários, por não estarem a disposição, e quando morrem, não são registrados como coronavírus. Portanto, não estamos em uma situação que favoreça-nos, hoje são mais de 11 mil mortes, e o presidente pilotando um jet ski, como se estivéssemos em plena normalidade.. Alguém tem alguma dúvida, que no final, são sempre os números que prevalecem, viva a economia brasileira.

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