Empatia, o contínuo exercício de colocar-se no lugar de outra pessoa, e de alguma maneira, sentir a suas dores. Aqui em nosso país, temos como presidente, um indivíduo, que não nutre nenhum apreço pela sua própria população. A evidência a respeito disso, fora a entrevista que ele concedera aos jornalistas na noite de ontem, ao ser interpelado, em relação ao exorbitante número de pessoas que desfaleceram pelo coronavírus no Brasil, ressaltando, que alcançamos cinco mil mortes, ultrapassando a China, que fora o primeiro epicentro da pandêmia, cuja a população está na casa dos bilhões, sendo que o Brasil, encontra-se hoje, com duzentos e dez milhões de habitantes, o nosso resultado é mais prejudicial nesse comparativo, constituindo-se como um tácito demonstrativo, da ineficiência do governo brasileiro no combate a progressão da covid-19. Bolsonaro sucintamente, resumira a sua declaração, a um lacônico e daí? Transparecendo o quão dificultoso lhe é, por um momento, afastar-se de seus ideais mortiços, e oferecer a população, palavras que pudessem vicejarnos uma esperança, mas, com seu gélido comportamento aterra-nos e faz, com que tenhamos a compreensão, de que nessa nau, onde estamos embarcados, o seu capitão, desconhece o destino final, e por isso, leva-nos a uma viagem, onde muitos passageiros perecem, pela precária guarida ofertada. Hoje pela manhã, como Freud explica, transferira a responsabilidade do avultante numerário de defuntos, e a já, falta de esquifes disponíveis para sepultamentos, aos governadores estaduais, como se esses, estivessem agindo como o Presidente, sendo, que é o inverso, são os governadores sensatos, que estão a labutar diariamente, para evitar-se uma hecatombe, vide em São Paulo, onde João Dória, mesmo com os acossamentos mercantilistas, mantém-se recalcitrante, incentivando as pessoas a permanecerem em vossos domicílios, e determinando, que somente após o dia onze de maio, iniciará qualquer tipo de debate, em relação a abertura de comércio. Bolsonaro é incapaz de entender pelo que estamos atravessando, o seu interesse está vinculado aos aspectos capitalistas, visando uma possível e efêmera reeleição em 2022, sabedor de que, são os índices econômicos primordiais, para um apoio popular robusto. Sempre empenhou-se em desmantelar a quarentena, buscando no senso comum, o embasamento para teses estapafúrdias, por exemplo, de que era apenas uma gripezinha, dando os argumentos de autoridade, para àqueles que desejassem prosseguir com rotinas frívolas. Ainda existem os que o defendem, não sabemos se por ignorância ou desfaçatez, mas a cada dia, tornasse insustentável, a proteção de ações desconexas, como as que o presidente preconiza. Segundo especialistas, o auge da doença, está por vir, mas e daí? Sabemos que os pobres serão os mais afetados, e daí? Sabemos que existe uma defasagem nos números de testes realizados, estando abaixo do que deveriam, portanto, nunca saberemos com exatidão quanto são os infectados, e daí? E daí? Essas são algumas das muitas loquazes indagações que faremos até o findar desse período, espero que o presidente, desperte desse seu transe particular, e entenda que não estamos interessados em perguntas nesse momento, e sim nas respostas, que porventura, o senhor deveria conceber-nos, até porque, fostes eleito para isso.