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Coluna de Marcos Roberto: Diário de um país
27/04/2020 19:36 em Colunas

E o coranavírus meus caros, alguém o avistou nesses últimos dias no noticiário, eu creio que não, até porque, estivemos acompanhando todo o desfecho, do relacionamento, nenhum pouco republicano entre o presidente Bolsonaro, e o seu ex-ministro da justiça Sérgio Moro, que separaram-se de maneira conflituosa, estimulando nas suas respectivas bases de apoio, manifestações enérgicas, e em certo ponto, jocosas, por vermos como, os ferrenhos eleitores de Jair, de repente, devido a sua atitude, de destituir Moro, do cargo ao qual ele ocupava, e passaram a enxergar em Bolsonaro a bestialidade, que todo àquele, que afluía na consciência a sensatez, já havia identificado com uma certa celeridade. Mas, voltemos ao covid-19, será que ele, agora, ocupará o espaço que lhe é necessário? Ainda não, nessa novela planaltina, Regina Duarte, uma atriz de sucesso inquestionável, também tenciona, esvair-se do Planalto, abdicando de dar prosseguimento, a atividade de ministra da Cultura, pasta a qual, porventura, não tinha quaisquer referências anteriores, que a imputasse como uma pessoa capaz, de gerir e realizar um trabalho, que se pudesse, classificá-lo como aceitável, aos seus interlocutores, dissera que está arrependida de ter, acedido com os assédios palacianos, de que não deveria ter optado por um percurso, que como se vira nesses últimos dias, poderá expirar antes do prazo determinado. Não, o corona não é tão urgente assim, ainda temos que compreender as atitudes de Paulo Guedes, ministro da economia, que transformou-se em um dos sustentáculos do governo bolsonarista, desde o período do sufrágio universal, sendo a ele atribuído a alcunha de "posto Ipiranga", aludindo a sua capacidade de conceber-nos as respostas assertivas, que nos direcionariam a um caminho sem sobressaltos, mas, que até esse instante não fora, em sua proficiência, capaz de direcionar-nos a um patamar de estabilidade, pelo contrário, já estávamos em um cenário de crise, cujo o desemprego era um dos mais alarmantes índices, e o governo, comemorava a elevação do numerário de pessoas, que dirigiram-se para uma alternativa, que para muitos é indigesta, o trabalho informal. E estando em um panorama epidêmico, o seu ministério, ao inverso de outras nações, fora vagaroso com os mais necessitados, demorando na articulação do dispêndio dos R$ 600, mas sendo hábil e ágil, para fornecer aos bancos, mais de 1 bilhão de reais, se alguém ainda não havia compreendido até então, qual era a ideologia de Guedes, descobrira durante o decurso da pandemia, que ele defende os ideais da entidade que denominamos, "O Mercado". Bem, a doença não tem penetração no planalto, essa semana ocorrerá a troca de comando no ministério da justiça e também na polícia federal, e com isso, todos assistiremos o aparelhamento da PF por conta do presidente, para que seja, defendidos os vossos interesses, empossando os seus amigos em cargos de tal relevância. E assim estamos a peregrinar nesse tortuoso e tempestuoso caminho, adentrando a sexta semana de isolamento, com os números mostrando de que, as perspectivas não são animadoras, vide, o que transcorre no estado do Amazonas, onde o prefeito de Manaus, Artur Virgílio, debulhou-se em lágrimas, por avistar mais de cem óbitos diários, oriundos da contaminação pelo vírus. Não alcançamos o pico, e escutamos o clamor capitalista pelas redes, pela reabertura do comércio, devido é claro, a importante data, que é o dia das mães. O coronavírus é a nossa realidade, mas que muitos desejam eclipsá-la, tangenciando-a, a um estado de penumbra de nossas rotinas caseiras. Mas a frieza dos números são eloquentes meus caros, somente para deixar registrado aqui, temos em nosso país, mais de 63 mil pessoas infectadas, e 4.300 Indivíduos que pela discrepante descrença de muitos e também pelo inepto trabalho presidencial, encaminharam-se a um destino, que poderia ser evitado, que é morte.

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