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Coluna de Marcos Roberto: Conhecimentos Inesquecíveis
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Publicado em 23/04/2020

A velha política, quantos de nós, nesses últimos anos, e principalmente a partir de 2018, não escutamos a essa expressão, com um teor pejorativo, como a representar algo que deveria ser extirpado definitivamente da vivência da sociedade brasileira, sendo essa política encarquilhada, e com claros sinais de cansaço, personificada na figura de raposas antigas do planalto, exemplos não nos faltam, desde Sarney até Collor de Melo, perpassando por, Jucá, Calheiros, Maluf, e outros figurões, que no decurso pregresso das últimas décadas, foram locupletando-se do erário público, que são ofertados de maneira abundante a essa classe. Foi, com o intuito de desfechar, com uma narrativa puída e maculada por escândalos infindos, que Jair Bolsonaro, e seus asseclas, propuseram a população, a sua candidatura, como uma opção segura, de que durante a sua legislatura, não presenciaríamos o seu gabinete transformado em um recinto para as mais espúrias negociações, de que ao ser um sujeito praticante da seletividade, escolheria para os cargos ministeriais, pessoas de currículo ilibado, sem nenhum tipo de restrição. Todas essas promessas realizadas, tornaram-se alvos de questionamentos, porquanto, desde o principiar de seu quadriênio em janeiro de 2019, pulularam-se, episódios, no mínimo, intrigantes, onde constata-se uma participação efetiva, de membros do clã bolsobarista, tendo eles, uma atuação decisiva, naquilo que emanasse do palácio do planalto, vide, Queiroz e as rachadinhas envolvendo Flávio Bolsonaro, o cheque depositado por esse Indivíduo na conta da primeira dama, e que até o momento, não tivemos uma explicação convincente a respeito, e agora, as comprovações de abastecimentos indevidos em postos de gasolina, por parte de Bolsonaro, quando ainda estava exercendo o cargo de deputado federal, todo esse escopo, já seria suficiente, para alcançarmos um entendimentos, de que o presidente nunca fora, uma pessoa que prezasse por uma historicidade depurada e limpa. E essa semana, comprovasse isso. Ao compreender, de que está, cada vez mais solitário, e necessitando desesperadamente, de sustentáculos, que tenham a capacidade, de não permitir que o seu castelo decaia, ele conclama, para perfilar-se como escudeiros, a defender um reinado cambaio, Valdemar da Costa Neto e Roberto Jefferson, representantes daquilo que o presidente, tanto esforçou-se em criticar no período eleitoral, que é, a velha e horrenda política. Valdemar e Jefferson, ambos, foram partícipes e condenados pelo esquema de corrupção, que ocorrerá no primeiro governo de Lula, o Mensalão. O que o Bolsonaro deseja, por intermédio dos dois, é uma engenhosa articulação no congresso com os legendas pertencentes ao grande grupo de partidos de centro, exemplo, PTB, Democratas, para que, qualquer tipo de cassação que tente prosperar, seja escanteada, mesmo com indícios irrefutáveis, como já foram fornecidos por ele próprio aos borbotões. Valdemar da Costa Neto, presidirá o Banco do Nordeste, Roberto Jefferson, poderá assumir ao ministério do trabalho, que seria recriado para contempla-lo, já o presidente, mostra-nos com limpidez, de que nunca despojou-se dos conhecimentos que absorverá, durante 28 anos, com a velha política.

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