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Coluna de Marcos Roberto: Uma derrota saborosa
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Publicado em 15/04/2020

Luiz Henrique Mandetta, que até o instante desta publicação, permanece como ministro da saúde do governo Jair bolsonaro, ele goza de um enorme prestígio mediante a população, devendo-se a isso, ao seu exímio trabalho que ele exerce frente a pasta que lhe fora confiada, preponderante nesse momento de pandêmia, mas antes de ser o detentor desse poder ministerial, mandetta é um político, e portanto, sabedor das regras que norteia a esse tênue jogo de poder, por duas vezes fora eleito, deputado federal pelo estado do Mato Grosso, sendo um dos frenéticos partícipes do processo de impeachment ocorrido no ano de 2016, cujo o seu resultado fora a deposição da presidente Dilma Rousseff, no crongresso federal, posicionou-se contrário a implenentação do programa Mais médicos, aquele, que muitos dos seus detratores, o consideravam inoperante em sua eficácia, mas que beneficiara a milhares de pessoas, muitas dessas, que desconhecia a figura de um profissional da saúde, onde o âmago do programa era transladar médicos da pequena ilha caribenha, para o território brasileiro, e com isso, propíciar a um nicho esquecido de nossa população, um acompanhamento médico digno. Mandetta é por muitos, considerado o principal representante das empresas administradoras de planos de saúde, sendo a partir desse pressuposto, contrário a existência do sistema único de saúde. Com um currículo desses, o que poderíamos aguardar? Aquilo que um médico jurara ao ser laureado, mandetta, é um médico, e não teria outra escolha, se não, posicionar-se favorável as recomendações da organização mundial da saúde, que solicitará a todas as lideranças políticas e autoridades, que instalassem em cada país um isolamento social drástico, tendo somente a liberdade aos seus municípes, de deslocaram-se a estabelecimentos necessários. Ao incorporar essas reivindicações, constituiu-se como um robusto antagonista do Presidente da República, que sempre ressaltara em suas velhas cantilenas, de que esta pandemia que estamos a vivenciar, não passa de uma gripezinha. O ministro amealhara o apoio dos mais relevantes governadores estaduais, como Ronaldo Caiado de Goiás e João Dória de São Paulo. A cabeça de mandetta ficara a prêmio, por diversas vezes bolsonaro ameaçou-lhe demití-lo, a duas semanas atrás, esse presságio esteve nítido, e teve como seu impedidor, os militares palácianos, que ao interagirem com esta informação a consideraram terrível devido a receptividade social ao nome do ministro da saúde, mas no último domingo, Mandetta resolvera transpor as delimitações de sua viabilidade no cargo, ao conceder uma entrevista exclusiva ao programa fantástico da rede Globo, com um pronunciamento deletério a pessoa de Bolsonaro, ele realizará ataques frontais ao governo, desferindo-lhe sutilmente golpes cruciais, colocando-se em um papel desalentador, e transtornando a toda cúpula presidencial e também a ala militar que o afiançara, que essa semana acedera com os apupos contínuos que o presidente vinha fazendo-lhes. Nesta quarta-feira a saída de Mandetta, é um desfecho anunciado, ele já informara a sua equipe, de que ele não permanecerá. A pergunta que resta-nos fazer, é como será o procedimento desta batalha que deflagramos contra o coronavírus daqui em diante? Será que o próximo ministro a ser empossado, a de corroborar da necessidade de permanecermos em nossos lares? Ou será um típico negacionista dos fatos, uma pessoa refestelada dos mais torpes conceitos erráticos, vinculado a ideais mortiços. Teremos que aguardar, o que sabemos, é de que mandetta sairá vitorioso ao ser demitido pelo Messias do Planalto, em alta conta com a sociedade brasileira pelo trabalho que prestara a frente de tantas incongruências e idiossincrasias que foram deixadas em seu percurso, principalmente nesse período epidêmico, emprego não lhe carecerá, e talvez ele possa, até, transformar-se em um concorrente ferino a presidência da república em 2022.

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