Existe um consenso generalizado de que religião e política, são duas áreas antagônicas, que não poderiam indubitavelmente, adjuntar-se. Mas, no Brasil de hoje, em que a lógica é emulada despudorizadamente, ambos os espectros estão entremeados, erigindo-se uma edificação única de poder. Segundo pesquisas, que foram veiculadas desde o encetamento do governo de Jair Bolsonaro, em janeiro de 2019, o seu principal sustentáculo, de uma flácida organização, são as igrejas néo-pentecostais, instituições que surgiram em nossa nação, a partir dos anos de 1970, emanando a afamada teólogia da prosperidade, prometendo-se, as mais abundantes condições de vida, deturpando o envegelho de Cristo, e que atualmente, tem como seus principais representantes, igrejas como a Universal do Reino de Deus do Bispo Edir Macedo, Internacional da Graça do missionário R.R Soares, e Mundial do apóstolo Valdemiro Santigo, que indentificaram na pessoa de Bolsonaro, as oportunidades fulcrais, de ascenderem, e obterem um acesso facilitado, ao gabinete presidencial, locupletando-se, em todos os seus inescrupulosos projetos, das benessés governamentais. Em meio a uma pandemia, assomam os seus líderes, como os autênticos e únicos arautos divinos, apregoando ideias, que contrariam e denegam, as precípuas contribuições que a ciência facultara-nos ao longo do decurso dos últimos séculos. E quem são indispensáveis. Mas, pastores como Silas Malafaia, exercem uma escabrosa função, de propelir aos seus fiéis, que são avultantes, e que o tem como uma voz confiável, a regressarem aos seus hábitos frugais, garantindo-lhes, de que Deus, em sua proficiência, não permitirá, que o tal covid-19, atinjam-nos em suas aflições. Essas tácitas declarações, dioturnicas, estão eivadas do mais exíguo sentimento de usura, uma vez que como as igrejas evangélicas, transformaram-se em verídicas companhias empresariais, quase que de capital aberto, se faz necessário, a presença dos fiéis, mas, principalmente, a do níquel, que será despendido no gasofilácio. Com essa súcia de pastores arreginentados, o presidente crê, de que, nem que forceje, ele colocora a população novamente nas ruas. Resta-se professar a lucidez, que infelizmente, está a equidistância das igrejas brasileiras.